Quando dás um passo em direcção ao Tempo, o Tempo que quer acompanhar-te, dá um passo em direcção a ti.
Emília Pires

Tendo sabido rodear-se de homens de grande saber, o reinado de D. Maria I (1788), a primeira mulher a reinar em Portugal por não haver primogénitos, foi palco de grande impulsionamento para o país em vários campos nomeadamente na construção ou reconstrução de estradas sobre as calçadas romanas originalmente criadas para a deslocação dos exércitos, mas que na sua maioria se encontravam destruídas e arruinadas e estavam confinadas a espaços muito reduzidos, mas que eram a única alternativa ao movimento das populações e à manutenção da vida económica de muitas regiões do interior. Nessa época o transporte do correio fazia-se a pé de sacola às costas, no dorso de lentos muares ou mais raramente a cavalo. Assim funcionava no reino o serviço do correio-mor. D. Maria determinou que fosse realizado um conjunto de obras públicas (construção de estradas e pontes e melhoria de outras) e mais tarde a coroa estatizou a lucrativa atividade postal de correio que passou a ser explorada diretamente pela corte. Esta iniciativa incluiu a construção de doze marcos de légua na estrada real que ligava Lisboa a Santarém. Estes marcos estavam localizados nos cruzamentos de várias vias e indicavam ao viajante o caminho a seguir e as horas. Desses 12 marcos, os que mostramos a seguir foi os que conseguimos encontrar. 

Este marco de légua encontra-se na Fundação Portuguesa das Comunicações. Não sabemos em que légua estaria originalmente.

O que resta do V Marco de Légua que se encontra em reserva na Quinta dos Bacelos em Vila Franca de Xira.

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