Alverca do Ribatejo
Nas origens de Alverca, os vestígios mais antigos da presença humana na região foram encontrados nas formações geológicas fluviais do chamado terraço quaternário de Alverca, cujo ponto mais elevado se situa na Quinta do Pinheiro. São instrumentos de pedra lascada, os mais antigos dos quais podem datar-se do Paleolítico Inferior. Estes achados confirmam a ocupação dos terrenos junto do Tejo por grupos humanos que deambulavam naquela zona em busca de caça, pesca e recolhiam tudo o que a Natureza lhes punha à disposição.
O Marco que assinalava a IV Légua da antiga estrada real, que ligava Lisboa a Santarém, foi construído em 1788, por iniciativa da rainha D. Maria I que, por esta altura, determinou a marcação desta via por marcos, dos quais sabe-se terem existido doze. Estruturalmente, o marco compunha-se de três partes: a base era cúbica e formada por duplo soco e plinto; o corpo correspondia à parcela central e era o elemento que melhor revelava a verticalidade do monumento, compondo-se de paralelepípedo rectangular, em cuja face principal existia uma inscrição comemorativa da construção, com a data e as armas nacionais; o coroamento era composto por duas peças, sendo a inferior uma estrutura piramidal de base quadrada e a superior uma esfera pétrea, que rematava o conjunto e que incorporava um relógio de Sol, dotado de gnómon metálico.
Este marco manteve-se no local original até 1985. Nesse ano, um acidente rodoviário destruiu-o parcialmente, o que levou a Junta de Freguesia de Alverca a removê-lo para o centro da localidade e a musealizá-lo de alguma forma, colocando-o no Largo César Alípio Ferreira (antigo Largo do Mercado), numa zona relvada e protegido por gradeamento metálico. No entanto, a parte conservada pela Junta de Freguesia resume-se ao coroamento, encontrando-se a secção inferior em local incerto.
A história da OGMA remonta à criação do Parque de Material Aeronáutico a 29 de junho de 1918. Dez anos depois, passou a designar-se por Oficinas Gerais de Material Aeronáutico. Em 1994, a empresa adquiriu a designação de OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal S.A., que mantém até hoje.
Com um percurso de 100 anos de experiência, a OGMA conta com vários marcos históricos, como o início da construção sob Licença da Aeronave Caudron G-3, em 1922; a construção, sob licença inglesa, dos aviões Vickers Valparaíso em 1933; a fabricação da aeronave Avro 626 DHC-82 “Tiger Moth” em 1938 e a construção de 66 unidades Air Force Depot DHC-1 “Chipmunk” em 1952.
O relógio de Sol que aqui viemos encontrar não está datado. Tem um feitio diferente do comum. É horizontal feito em pedra da região, assente numa coluna também em pedra, como se fosse uma mesa. Tem gnómon em pedra e numeração árabe.