Paredes de Coura

Na monografia “No Alto Minho – Paredes de Coura”, da autoria do presbítero e jurista Narciso Cândido Alves da Cunha, o autor levanta a possibilidade de a denominação Coura advir de Cauca, cidade romana da Gallaecia (Galiza), onde nasceu o imperador Teodósio ou de “queirã” (urze), palavra de origem fenícia, de acordo com as explicações tecidas pelo Tenente Coronel da Cunha Brandão. O termo “Cora”, de origem celta, que significa paz, segurança, também é dado como hipótese a considerar.Inquestionável é a antiguidade da “Terra de Coura”, que remonta à fundação da nacionalidade, tendo passado a chamar-se Frayão desde o séc. IX, de que fez parte, também, Valença e o Couto de Mazedo, até ao séc. XIII.

Passando no lugar do Outeiro da Freguesia de Cunha encontrámos em ruínas uma casa com um brasão encimado por um relógio de Sol vertical meridional, em granito, com gnómon em ferro e numeração árabe. Não tendo encontrado qualquer referência, pedimos a quem saiba alguma história destas peças, que nos informe.

Sobre o telhado da Escola um relógio de Sol vertical declinante duplo com gnómon em metal. A peça é a figura de um soldado segurando um relógio de Sol.

A história da aldeia de Cerdeira, integrada na rede das Aldeias de Xisto, é também a de um sonho tornado realidade. Quando, há mais de 30 anos, Kerstin Thomas e Bernard Langer se cruzaram com ela, durante um passeio, eram mais as ruínas que os habitantes. Hoje, é um projeto turístico e sustentável que promove a arte, a natureza e as relações.

Escola de Artes e Ofícios da Cerdeira é um espaço para o ensino de técnicas que resultam de linhagens intemporais e, ao mesmo tempo, um lugar de criatividade e arte alinhado com o diálogo contemporâneo. Durante a sua estadia, pode aproveitar para frequentar um dos muitos cursos e experiências criativas.

Bem perto de Cerdeira, em Penim, uma outra aldeia de Cunha, fomos encontrar mais um relógio de Sol em granito, vertical declinante duplo, que também está integrado na figura de um homem soldado que o segura nas mãos.

Sobre Padronelo, pretendem alguns que o seu nome é um diminutivo de padrão. A moderna etimologia tem outra explicação para este topónimo: vem de petruono, termo celta e anterior aos romanos, derivado de petru, que queria dizer quatro, e portanto significa a quadrícula, ou quadrado onde se cruzavam quatro caminhos, a encruzilhada. Era a terra onde se encontravam em cruzamento as linhas de comunicação.

A fundação da capela do Senhor Ecce Homo deve-se à iniciativa e devoção do padre António Pedro Alves, que «promoveu uma subscrição importante, visto não haver fundos disponíveis para ela», e obteve as licenças necessárias do Arcebispo Primaz de Braga, Senhor D. Gaspar de Bragança (1716+1789).
Relógio vertical meridional em granito com numeração árabe e gnómon em ferro. Não está datado.

Sobre a Capela de Fradinhos em Rubiães, não conseguimos encontrar qualquer nota. Agradecemos a quem nos saiba informar sobre a história desta capela. 
Sobre o telhado da empena virada a Sul, avista-se mais uma figura humana de um homem segurando um relógio de Sol. É um relógio vertical declinante duplo em granito sem gnómon.

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