Amoreira, antiga Vila, com foral outorgado por D. Manuel, a 14 de Setembro de 1512, pertencia à Casa das Rainhas e possuía, Misericórdia, Hospital e praça de touros, da qual ainda existem as ruínas. A importância da vila, a que as jazigas minerais emprestavam reconhecida prosperidade, e a extensão do seu território deram origem à formação de pequenos aglomerados populacionais, que, com o decorrer dos anos, foram progredindo e conquistando a sua emancipação.
Freguesias de Óbidos
Amoreira, aldeia história que, em tempos antigos chegou ate a rivalizar com a Vila medieval de Óbidos. Na Praça Dr. Azeredo Perdigão junto ao Chafariz, encontra-se um dos edifícios mais antigos e identitários desta aldeia, a Alcaidaria-Mor. No telhado um sumptuoso relógio de Sol vertical, em pedra com o gnómon em ferro, datado de 1786.
A freguesia de A-dos-Negros foi criada durante a segunda metade do séc. XVIII, provavelmente alguns anos após o terramoto de 1755.
Antes da conquista dos territórios pelos exércitos de D. Afonso Henriques, existiam várias povoações entre Lisboa e Leiria onde residiam importantes núcleos judaicos. Iáhia Aben-Yasich era um rabi-mor a quem, segundo o historiador Joaquim Veríssimo Serrão na sua obra História de Portugal, D. Afonso Henriques terá nomeado mordomo e cavaleiro-mor, em recompensa de serviços prestados na luta contra os Mouros, e ter-lhe-à concedido a Aldeia dos Negros. Veríssimo Serrão refere ainda “que esta doação se refere à tomada de Óbidos em 1148, tem que se aceitar a identificação com a actual povoação de A dos Negros, situada a 4 km”.
A igreja paroquial de Santa Maria Madalena ostenta um curioso relógio de Sol vertical declinante datado de 1866.
No centro da Vila de A-dos-Negros, avista-se, destacando-se de um emaranhado de cabos eléctricos, um relógio de Sol vertical meridional, com gnómon, datado de 1919. Caminhando em direcção à Igreja encontramos no meio de um jardim particular um engraçado relógio de Sol em pedra com gnómon em ferro. Ambos marcavam as horas certas.
Sancheira Grande é um dos lugares da freguesia de A-dos-Negros e aí, no telhado de uma grande casa, hoje bastante degradada encontra-se um relógio de Sol vertical em pedra datado de 1730.
Ainda na freguesia de A-dos-Negros, no lugar da Sancheira Pequena existe a Quinta do Rolin que possui um relógio de Sol numa coluna de fuste octogonal adossada ao muro que delimita a propriedade, assenta o relógio em prisma quadrangular com a inscrição: U.B./ S.S. (nos cantos superiores) SICRANS / SITUITA / SICUT / ISTE (emoldurada) ladeada pela data 1826.
A antiguidade do Olho Marinho como povoação, é hoje uma realidade, inicialmente baseada na tradição popular e depois de 1860, através do espólio arqueológico entretanto recolhido nesta zona, com especial destaque para a Gruta “Cova da Moura”, considerada uma das mais importantes de Portugal.
A única certeza sobre a origem do topónimo “Olho Marinho” é a de que está relacionado com os “Olhos d”Água”, cujas propriedades mineromedicinais já tinham sido reconhecidas pelos romanos quando se fixaram na zona. Outros defendem que o topónimo poderá ter surgido mais tarde, no século IX, de origem árabe. Outros ainda, consideram, que a origem deste topónimo tem por base a tradição popular.
Sobre o muro da antiga casa José Dias fomos encontrar um relógio de Sol vertical, em pedra, com numeração romana e sem gnómon.
Sobral da Lagoa é uma aldeia a quatro quilómetros – em linha recta – da vila de Óbidos. Tem apenas 650 habitantes, na sua maioria idosos, mas a população aumenta aos fins-de-semana e sobretudo no Verão, já que há residências de segunda habitação que são ocupadas por pessoas que vêm de Lisboa e do estrangeiro.
O nome Sobral da Lagoa deve-se ao facto de antigamente terem existido muitos sobreiros na zona e por nessa altura a água da lagoa chegar ao sopé da colina onde se situa a aldeia.
Apesar de ter poucos habitantes e de ser tão pequena, esta terra é rica em paisagem pois, lá no alto, dá para ver o nascer do sol e o pôr do sol. Em redor avista-se a lagoa, o castelo de Óbidos e os campos verdejantes e colinas típicas da região Oeste.
O seu património inclui quatro moinhos, a igreja de São Sebastião (o padroeiro da terra), a capela da Nossa Senhora da Conceição, os chafarizes (alguns deles já reconstruídos), edifícios históricos e algumas casas com uma interessante arquitectura rural, mas, infelizmente, muito degradadas. Pode ainda ser apreciado o famoso relógio de Sol declinante, em pedra, na esquina de uma casa senhorial perto da Igreja.