Sardoal
O Sardoal, enquanto povoação, é antiquíssimo, sendo que em alguns locais do concelho têm sido encontrados vestígios da presença do Homem desde tempos muito longínquos.
No Alto de S. Domingos, próximo da Vila, foram encontrados alguns objetos de pedra polida, dos quais existem dois exemplares na Câmara Municipal, sabendo-se que outros foram levados para um museu em Santarém e que existem alguns na posse de particulares. Também nos Castelos, a sul da aldeia da Cabeça das Mós, próximo da Ribeira das Caldeiras, existem vestígios de uma povoação que, devido à sua dimensão, denota ter sido importante, mas sobre as suas origens pouco se conhece.
Com origem numa antiga ermida ali existente desde 1400, em honra da Nossa Senhora da Caridade, edificou-se em 1571 no mesmo local o convento, mantendo a invocação. Este convento serviu para albergar os Frades Menores da Província da Soledade, da qual era sua pertença. Não se sabe ao certo o tempo de duração das obras. Foram patrocinadas pela população local, nomeadamente pelo terceiro Conde de Abrantes, residente em Sardoal, D. Duarte de Almeida.
Nos claustros do convento existe, no telhado, um grande relógio de Sol vertical meridional, com numeração árabe e gnómon em ferro, sem data, assente sobre uma coluna também em pedra.