Rio Maior
Em Rio Maior, a Villa Romana, casa típica de rico mercador, implantada à beira do rio no início do século III, constitui o núcleo a partir do qual se estrutura a aldeia, a vila e hoje cidade de Rio Maior. Depois, a presença moçárabe, mais nítida nos silos e forno cerâmico localizados na freguesia de Alcobertas, espelha a profundidade das ligações que ambas as civilizações, tão diferentes e distantes no tempo, foram capazes de imprimir no território.
Aquando da fundação da nacionalidade, a região aparece disputada por vários poderes, desde a Ordem Militar dos Templários, à Ordem Monástica de Alcobaça, à Ordem de Avis, passando pela dominação régia e, sobretudo, pela autoridade municipal. Esta última marca sobremaneira o viver quotidiano das gentes riomaiorenses, permanecendo Rio Maior como freguesia do termo da vila e comarca de Santarém até à constituição do concelho em 1836.
A Torre cilíndrica encontra-se isolada do corpo da Igreja de S. João Baptista da Ribeira e poderá ser uma reminiscência de uma torre contraforte de uma antiga mesquita cristianizada após a reconquista Cristã. Diz a lenda que esta Torre foi construída pelos mouros, em 1111, numa só noite de lua cheia, e que dela parte um túnel que liga ao Cabeço de S. Gens, onde, em caso de perigo, se podiam refugiar dos Cristãos, que batalhavam para reconquistar território que outrora fora deles.
A Capela de Nossa Senhora da Vitória em Assentiz é do século XVI, pertenceu ao Morgadio de Assentiz e funcionou como capela privativa da quinta até à data em que a Viscondessa de Assentiz doou o templo à comunidade. Na fachada exterior podemos ver um relógio de Sol vertical meridional com numeração romana, gnómon em ferro e sem data.
Relógio de Sol vertical meridional em pedra, com numeração árabe, gnómon em ferro e datado de 1868.
Segundo lenda popular, descrita por Frei Agostinho de Santa Maria, no Santuário Mariano, e historia das imagens milagrosas, a origem da Igreja de Nossa Senhora da Encarnação está associada à aparição de Nossa Senhora nos campos de Arrouquelas.
No espaço exterior envolvente há a destacar um relógio de Sol em pedra, vertical meridional, com numeração árabe e gnómon em ferro, datado de 1869.
Este relógio de Sol foi doado à Biblioteca Ephemera na Marmeleira. Por não nos ter sido possível visitar este espaço e fotografar o relógio, apresentamos estas imagens tiradas da internet.