Vila do Conde

Vila do Conde é um dos mais antigos termos do norte de Portugal. As suas origens estão para lá da fundação do território português, remontando ao ano de 953 o primeiro documento escrito que refere Villa de Comite, numa carta de venda de bens, por Flamula Deo- Vota, ao Mosteiro de Guimarães.
As origens ancestrais desta cidade costeira desenvolvem-se desde o Castro de S. João Baptista, local onde, em 1318, D. Afonso Sanches e D. Teresa Martins fundariam o Mosteiro de Santa Clara, monumento que, restaurado e ampliado no século XVIII, é um dos ex-libris de Vila do Conde.

O Relógio Solar é um Monumento situado na Rua do Cais dos Assentos 31B, na Praça D. João II, em Vila do Conde. Trata-se de uma escultura com 20 metros de altura, da autoria de José Rodrigues, que é uma evocação poética e uma homenagem de Vila do Conde aos seus marinheiros, calafates e carpinteiros navais que ajudaram a “dar novos mundos ao mundo”. Foi inaugurada a 14 de junho de 2001. A escultura reproduz a forma como os nossos antepassados, pescadores e trabalhadores rurais utilizavam para saber as horas, sem ajuda de artefacto ou tecnologia, mas o que é facto é que através do sol eles sabiam exatamente as horas do dia, é de louvar a astúcia dos nossos antepassados.

Vila do Conde é uma cidade que está associada aos descobrimentos portugueses. Era nos estaleiros navais da cidade que se construíam as naus, caravelas….que cruzavam os mares em busca de novos mundos. Nesses tempos os navegadores muniam-se dos mais diversos instrumentos de orientação e navegação como as bússolas, astrolábios…. E também o relógio solar, que permitia medir a passagem do tempo.
Graças a essa ligação histórica, Vila do Conde tem, numa das suas praças, muito próximo do local onde anteriormente estavam os estaleiros navais (hoje estão na outra margem do rio), um gigantesco Relógio Solar.
Apesar da grande dimensão da peça, nem toda a gente percebe que se trata de um relógio. Para o observar melhor suba até à Capela do Socorro. De lá a vista é privilegiada e vai poder perceber melhor como este relógio funciona.

Está instalado na antiga Cadeia Civil, um edifício com a configuração geométrica de um dodecágono e um pátio interior encimado com uma claraboia em vidro. Esta antiga prisão cessou as suas funções nos anos 70 e em Março de 2002 abriu de novo as suas portas, desta vez como Centro Ciência Viva.
Na parede virada a Sul encontra-se, um relógio de Sol vertical meridional moderno, sobre uma placa de latão.

Bagunte

Com uma cronologia conhecida de ocupação do século IV a.C. ao século IV d.C. (com base numa análise ceramológica), a Cividade de Bagunte é conhecida, desde muito cedo, como um povoado antigo. Já no século XVIII, Jerónimo Contador de Argote, citando o livro dos Condados, refere a existência, no monte da Cividade, de ruínas de uma cidade antiga. Trata-se de um povoado de enormes dimensões, com mais de 50 Hectares de área com interesse. Este povoado é objeto de um projeto de dinamização cultural – o campo arqueológico de Bagunte.

Numa casa particular em Santagões encontrámos este relógio de Sol em granito, com numeração romana e gnómon em ferro, sem data.

Fajozes

O documento mais antigo que se conhece no qual é referido Fajozes data de Julho de 1069. Neste é referida a venda de uma propriedade existente em Mindelo que tem como limites a “villa Sancto Pedro”, que é uma referência à freguesia, dado que o seu nome completo é São Pedro de Fajozes. 

Dois relógios de Sol semelhantes, em duas casas particulares em Fajozes. São em granito, tem o gnómon em ferro e não têm data.

Maceira da Maia

No Largo do Vilarinho em Maceira da Maia encontrámos este interessante relógio de Sol vertical em granito, datado de 1786 com gnómon em ferro e numeração romana.

Rio Mau

A referência mais antiga ao Mosteiro de Rio Mau data de 1103, o que indica que o estabelecimento deve ter sido fundado no século XI. Atualmente só a igreja do mosteiro, dedicada a São Cristóvão, está ainda de pé. A igreja atual é o resultado de uma reedificação realizada a partir de 1151, como indicado por uma inscrição na ábside do edifício. Esta reconstrução, em estilo românico, foi executada em várias fases, sob diferentes influências artísticas. A capela-mor foi construída primeiro e revela forte influência da arte galega contemporânea. Muito importante nesta parte da igreja são os capitéis do interior, realizados com maestria, que representam diversos temas difíceis de interpretar atualmente. Entre os motivos dos capitéis destaca-se um com jograis (músicos-poetas medievais tocando instrumentos), entre outros.

No canto da Igreja virado a Sul podemos ver um relógio de Sol vertical meridional. Não está datado.

Outeiro Maior

A Quinta dos Cavaleiros, um local que, não obstante a sua ruína atual, surge num enquadramento privilegiado que convida, por exemplo, a uma caminhada que, num percurso não muito longo, poderia incluir, ainda e além da Quinta, a Cividade de Bagunte (Monumento Nacional) e a Capela de Nossa Senhora das Neves, outrora parte integrante da Quinta, bem como toda a envolvente rural, entre campos, bouças e casas de lavoura. Um local a Revisitar.

No telhado da Capela, um relógio de Sol vertical meridional com gnómon em metal. O desgaste da pedra na deixa ler qualquer numeração ou data.

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