Aproveite cada momento do seu Tempo e faça-o brilhar.
Emília Pires

O Museu de Marinha conta actualmente no seu acervo com mais de 18.000 peças que começaram a ser reunidas ainda durante o século XVIII. Destas, cerca de 2.500 foram selecionadas para figurar na sua exposição permanente, retratando os mais diversos aspetos do passado marítimo português, bem como as diferentes atividades ligadas ao mar.
Neste sentido, a grande aventura dos Descobrimentos, por ter constituído a época áurea das navegações portuguesas, constitui o principal tema da sua exposição permanente, salientando-se a evolução da construção naval portuguesa neste período, através de inúmeros modelos de navios da época, bem como os instrumentos científicos que permitiram essas viagens, entre outros elementos representativos do quotidiano da vida a bordo. Aí fomos fotografar alguns relógios de Sol portáteis que mostramos a seguir.

O nosso profundo agradecimento ao Museu da Marinha que nos abriu as suas portas e permitiu que fotografássemos as peças existentes na reserva do Museu. 

Em cima: Relógio de sol equatorial que tem gravada a seguinte frase:  “Marquant le temps vrai et le temps moyen, fait et inventé par André Berthet, horloger à Lisbonnne, 1774” (marcando o tempo verdadeiro e o tempo médio, feito e inventado por André Berthet, relojoeiro em Lisboa, 1774).
Dispondo de dois níveis de bolha de ar, cruzados, para que a sua base fique na posição horizontal, e de uma pequena agulha magnética, para o orientar segundo o plano do meridiano do local onde se encontra, o relógio pode ser usado em latitudes entre 30 e 45 graus. A sua particularidade mais importante e rara é fornecer o tempo médio, ou seja, resolve a chamada “equação do tempo” (diferença de entre mais 14 e menos 16,5 minutos por ano no movimento aparente do Sol).

Díptico em marfim. Tem gravadas as iniciais M.F.P. e a data 1770. Está a ser feito um estudo que indica como autor provável Manuel Ferreira Portugal. Aguardamos a confirmação.

Bússola seca com relógio de Sol. Montado por debaixo de vidro convexo, na sua caixa de madeira. Fabricado em 1824 por Samuel Porter.

Relógio de Sol equatorial do Século XVIII construído em Inglaterra por Youle.

Bússola seca, com relógio de Sol, em caixa de latão com gravuras a cobre de rosas dos ventos. Fabricado entre 1720 e 1730 por autor desconhecido.

À esquerda, relógio de Sol cúbico, com bússola e fio de prumo, de origem alemã, foi fabricado por David Beringer no segundo quartel do século XVIII.

 

À direita, relógio de Sol horizontal em metal, papel e vidro, desconhece-se a autoria, provavelmente do séc. XVIII.

Relógios de Sol equatoriais provenientes da Alemanha. Os Voglers contribuíram para a popularização deste instrumento no século XVIII. Os “relógios de Augsburgo” geralmente eram planos octogonais, continham uma bússola com braçadeiras de dobradiças que permitiam girar a escala de horas e o limbo, com uma escala de latitudes. Estes mostradores foram feitos originalmente em latão e vidro.

Andreas Vogler – Georg Vogler

Lorezn Grassel

Johann Nepomuk Schretteger

Um outro relógio de Sol equatorial em latão, vidro e veludo cuja autoria e proveniência desconhecemos, provavelmente do século XVIII.

Relógio de Sol do Sec. XIX – Depois de orientado e introduzida a latitude do lugar dava a hora pela a sombra de uma agulha (inexistente no mostrador).

Este é um relógio de Sol portátil artesanal do século XX,  que pertenceu ao Capitão-de-mar-e-guerra António Luciano Estácio dos Reis. É uma pequena peça que nos parece de pedra polida ou de uma madeira africana muito dura. Tem duas faces: a da esquerda mostrando um relógio de Sol vertical e a da direita um relógio de Sol horizontal.

Anel astronómico.
Provavelmente sec. XVIII.

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