Santa Maria e S. Miguel

Na freguesia de Santa Maria e S. Miguel existe a Quinta do Calvel onde formos encontrar o único relógio horizontal do concelho de Torres Vedras. É uma peça em pedra de lioz, calcário da região, com um gnómon em ferro triangular, e a numeração romana. Estivemos no local e fotografámos a casa principal todavia, não nos foi permitida a entrada pelo que mostramos o relógio que vem no livro “Medição do Tempo em Torres Vedras”.

Relógio de sol, sem datação, de pedra (calcário lioz), circular, com a ranhura de fixação do gnómon (triângulo metálico fixo num encaixe) ainda bem marcada. Feito para funcionar na horizontal, estaria colocado no cimo de uma pequena coluna redonda, com o mesmo diâmetro da base. O rebordo do mostrador revela marcas de várias quedas. A cerca de 4 cm do rebordo, para o interior, foi gravado um círculo e nesse espaço, encontram-se em numeração romana das horas, para ser lida do lado “sul”, e, no interior do círculo, partindo da decoração das duas volutas que rodeiam o ponto de apoio do gnómon, foram gravados os traços das horas (em algarismos romanos) e, entre eles, uma pequena marca para as meias horas. Existe um espaço de intervalo entre as 6 da tarde e as 6 da manhã. Apresenta junto à base o resto de um grampo ou gato inserido numa chumbada, que seria o elemento de fixação à coluna propriamente dita.
Este relógio de sol encontrava-se em 1992 na Associação de Defesa e Divulgação do Património Cultural de Torres Vedras, na Freguesia de Santa Maria e S. Miguel, na cidade de Torres Vedras. As informações sobre a sua origem indicam ter sido recolhido em investigações/escavações arqueológicas conduzidas nos anos 80 do século XX no interior do Castelo de Torres Vedras. Neste caso, tendo em conta esse local, poderia ter sido, hipoteticamente, criado o relógio de sol que ajudou a acertar o antigo relógio do Concelho, e ainda a funcionar, que está na torre (do concelho) justaposta à torre sineira da Igreja de Santa Maria do Castelo. Seria, então, com ele que se fazia o acerto periódico até ao terramoto de 1755, altura em que o local ficou em ruínas. Com a mudança de instalações da ADDPCTV, o espólio arqueológico e os seus apontamentos foram encaixotados e entregues ao Museu Municipal. Foi neste Museu que o fomos fotografar. A peça encontra-se nas reservas do Museu a quem agradecemos vivamente a oportunidade de nos deixar tomar contacto com ele e fotografá-lo.

Numa casa antiga da zona mais velha da cidade de Torres Vedras, que desce desde o castelo até à várzea fomos encontrar o No. 8 com um relógio de Sol feito com ferro e cimento, acrescentado sobre a parede da casa, logo acima da ombreira da porta. Um relógio tão simples mas com uma história engraçada que poderão ler na Pág. 66 do Livro “Medição do Tempo em Torres Vedras”.

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