O que disseram de Sintra
Varrão e Columela designaram-na como Monte Sagrado; e Ptolomeu registou-a como a Serra da Lua.
O geógrafo árabe Al-Bacr, no século X, caracterizou Sintra como «permanentemente mergulhada numa bruma que se não dissipa».
«Terra de mui boõs ares e agoas e de Comarquas em que há grande avondança de mantimentos de mar e de terra, e por a nossa mui nobre e leal cidade de Lisboa ser tão acerqua, e avermos em ella açaz de folganças, e desenfadamentos de montes e caças (…)» – assim aparece descrita, em 1436, numa carta de privilégios aos moradores de Sintra, pelo rei D. Duarte (1433-38).
D. Manuel I (1495 – 1521). dá-nos notícia o seu cronista Damião de Góis, muito apreciava passar o Verão em Sintra pelo fresco do clima e abundância de caça: «por ser um dos lugares da Europa mais frescos, & alegre para qualquer Rei, Principe, & Senhor poder nelle passar o tel tempo, porque além dos bons ares, que se si lança aquela serra, chamada pelos antigos Promontorio da Lua, há nella muita caça de veados, & outras alimárias, & sobre tudo muitas, & muito boas trutas de todo o género das que se em toda a Hispanha podem achar & as milhores fontes dagoa (…)».