Santo Estevão das Galés

Situado numa das regiões mais acidentadas do concelho de Mafra, Santo Estêvão das Galés encontra-se no sul do concelho e está rodeada de montanhas e vales, com pinheirais e cursos de água que formam pequenas cascatas. A antiguidade de Santo Estêvão das Galés pode ser atestada através de um túmulo romano, com cerca de dois mil anos, que foi encontrado em Monfirre. A Igreja Matriz, reconstruída na época manuelina, sofreu uma grande intervenção, consumada na segunda metade do séc. XVII e décadas iniciais da centúria seguinte, destacando-se o enriquecimento do seu interior com novos elementos artísticos, datando a pintura do coro-alto de 1725. 

Com data de 1835 vê-se um relógio de Sol vertical meridional em muito bom estado de conservação, imediatamente acima do telhado e oposto à torre sineira.

Situada num sitio ainda hoje pouco povoado, a Capela de Santa Eulália, é  templo cuja denominação, vista a sua imponência deveria ser igreja. Integrada na freguesia de Santo Estevão das Galés, outrora pertenceu  concelho dos Olivais, a orada foi edificada em 1466, por um tal Diogo Vasques. Em 1466, reinava D. Afonso V, nascido no Paço da Vila de Sintra em 1432. Dom Afonso V, além das conquistas africanas, assumiu a coroa de Castela e Aragão, e da Catalunha por ser descendente de D. Pedro infante de Portugal , rei de Aragão. A padroeira de Barcelona é Santa Eulália, cujas relíquias se conservam na catedral daquela cidade. Quem sabe intenção de Diogo Vasques ao custear a edificação da orada, e querer para padroeira a mártir Aragonesa, não foi acto premeditado para agradar ao Rei “Africano”? Sem dúvida a escolha do local onde ficou a ” casa ” de Santa Eulália. teve também a preocupação de marcar e ” guardar “, limites territoriais, como prova marco  existente , junto ao cruzeiro, defronte da entrada principal da capela. Igualmente interessante constatar tudo se encontra num importante  cruzamento de vias de comunicação, simbolicamente apropriado para  construir edifício santificado, convidativo a oração.

Relógio vertical meridional, em pedra da região, com numeração romana e gnómon em ferro. Não está datado.

Na quina de uma casa na aldeia de Santa Eulália, bem perto da Capela com o mesmo nome, um relógio de Sol vertical meridional, em pedra da região, sem gnómon e sem data.

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