Cheleiros

O reguengo de Cheleiros recebeu Carta de Foro de D. Sancho I em Fevereiro de 1195, confirmada por D. Dinis em 1305, e foi agraciado com foral manuelino datado de 25 de Novembro de 1516. Sede de concelho durante mais de seis séculos, passou a freguesia do município de Sintra em 1836 e doi definitivamente integrado no de Mafra em 1855. A sua história ficou ligada à poderosa família dos Ataíde, senhores da vila no início do século XVI e que deixaram uma notável marca nas duas Igrejas Manuelinas que ainda parcialmente se conservam no centro histórico. A importância de Cheleiros está também ligada à rede viária regional. Desde a Idade Média (e muito possivelmente, desde tempos romanos), por aqui passava uma estrada, vencendo-se a ribeira de Cheleiros através da pequena, mas fundamental, ponte gótica de pedra, hoje transformada em ponte pedonal. Na primeira metade do século XVIII, quando se realizou o Monumental palácio de Mafra, a vila foi um fulcral ponto de passagem de matérias-primas, integrando-se, então, numa extensa rede de estradas devidamente calcetadas.

O centro histórico de Cheleiros preserva grande parte dos edifícios e espaços estruturantes herdados do largo período em que foi sede de concelho. O núcleo histórico da vila formou-se na margem Norte, mais a ocidente da ponte, no actual Largo da Praça onde fomos encontrar este relógio de Sol vertical, sem data.

A ponte gótica foi o principal vector de desenvolvimento da localidade, na medida em que permitia o controlo sobre pessoas e produtos que se deslocavam nesta parcela de território.

A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rocamador, de fundação medieval foi construída no sítio do arrabalde (como assim é designado ainda no século XIX). Ostenta um relógio de Sol vertical meridional em pedra, datado de 1834, sem gnómon.

Ainda em Cheleiros, na Rua do Outeirinho, fomos encontrar um relógio de Sol em pedra mármore, vertical meridional, com nemeração árabe e gnómon em ferro, datado de 1873.

Na Rua dos Ulmeiros, em Cheleiros, numa casa particular, encontrámos mais um relógio de Sol vertical meridional, em pedra da região, com numeração árabe e gnómon em ferro, datado de 1925.

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