Oliveira do Hospital
O primitivo nome da povoação havia sido Ulvária, que significa terreno alagadiço, onde há ulvas; de Ulvária terá derivado para Ulveira e daqui, por analogia e deturpação, para Oliveira. O nome «do Hospital» resulta exatamente da atribuição de uma Comenda à Ordem dos Monges de S. João de Jerusalém, Ordem dos Hospitalários, também conhecida por Ordem de Malta. Foi pois, no ano de 1120, que a Rainha Dª. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, fez a doação desta vila aos cavaleiros da referida Ordem. Tratava-se inicialmente de uma herdade entre Bobadela e Oliveira do Hospital, depois acrescentada em doações particulares e alargada nos seus domínios. Supõe-se mesmo que era exatamente em Oliveira do Hospital que a Ordem de Malta tinha a sua sede ou convento principal em edifício implantado no local onde atualmente se encontra o edifício dos Paços do Município e a Igreja Matriz.
“Por Ervedal da Beira passaram os mais diferentes povos da antiguidade, os quais, por meios pacíficos ou pela conquista, se instalaram, dominaram e muitas vezes, se confundiram com os primitivos povos naturais. Os Cartagineses, dominaram aqui, desde o século VI até ao ano 218, antes de Cristo. Seguiram-se-lhes os Romanos, cujo domínio durou desde aquele tempo até ao século V da era cristã, cerca do ano 409. Vieram depois os povos bárbaros a que se seguiu a monarquia visigótica, que durou desde 414 até ao ano de 710. Todas as lutas para a posse do território, e, especialmente, as que se travaram entre os príncipes cristãos e os muçulmanos, dominadores da península, revestiram-se da maior violência no decorrer de grandes batalhas, com inúmeros ataques e contra-ataques…”
Foi inaugurado no dia 17 de setembro o relógio de sol de Ervedal da Beira, um monumento que, de ora avante, promete “dar horas à antiga” a quem passar pelo Largo do Leque.
O monumento foi oferecido à freguesia por Vasco Nuno de Melo, em homenagem ao falecido Sebastião Ferrão de Melo Júnior, autor, entre outros escritos, da obra “Ervedal de Outros Tempos”.