Soure

Existem, no concelho de Soure, vestígios arqueológicos que remontam ao período Neolítico (forno da cal – Vinha da Rainha), passando pela Idade do Ferro (Crasto – Encosta do Sol – Soure), pelo período de domínio Romano (Soure, Dordias – Pombalinho), pela Idade Média (castelo, capelas, igrejas e pelourinhos), pelos séculos XVIII, XIX e XX com os seus belos edifícios, até aos nossos dias.
Data de 4 de Setembro de 1043, o documento escrito mais antigo da história de Soure. Trata-se da carta de doação, feita pelo presbítero João e seus confrades (Sisnando, Ordonho e Soleima) de um cenóbio cristão que possuíam em Soure, ao mosteiro da Vacariça. Com a reconquista definitiva de Coimbra aos mouros, em 1064, o território de Soure ganha uma importância acrescida pelo seu posicionamento estratégico na defesa dessa cidade.

Granja do Ulmeiro

Relógio vertical meridional com numeração romana e gnómon em ferro, sem data.

No átrio do Igreja Matriz, foi encontrada uma estação arqueológica composta por diversas sepulturas, tegulae e vários vasos de feição romana, o que constitui uma prova para o ancestral povoamento deste local por parte desta civilização guerreira. Para reforçar esta tendência, há indícios de que passava pela Granja do Ulmeiro uma importante via romana, que ainda hoje é utilizada, denominada toponimicamente por Estrada Larga. Esta via, mais tarde cortada pela estrada nacional 341 e pelas linhas de caminhos de ferro, cruzava o então rio de Mouros, sobre uma ponte romana conhecida por Ponte de Pedra (junto a estação ferroviária do Alfarelos – Granja do Ulmeiro) e atravessava todo o vale do rio Munda, hoje o Mondego, em direcção ao povoado da Carapinheira.
Administrativamente beneficiou do foral de Montemor-o-Velho, dado por D. Manuel, a 20 de Agosto do 1516.

A Igreja Matriz de Degracias dedicada a S. Sebastião é um Templo simples, do séc. XVIII; guarda, no entanto, a capela baptismal dos finais do séc. XVI, inícios do XVII. Uma pequena referência ao relógio de sol que se encontra na parede sul da torre sineira, de formato não muito habitual, em pedra, com numeração árabe e gnómon em ferro. Não está datado.

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