A Festa das Fogaceiras é a mais emblemática festividade do concelho de Santa Maria da Feira, marcada pela devoção do povo das Terras de Santa Maria. Esta festa teve origem num voto ao mártir S. Sebastião, em 1505, altura em que a região foi assolada por um surto de peste que dizimou parte da população. Em troca de proteção, o povo prometeu ao santo a oferta de um pão doce chamado Fogaça. S. Sebastião, que segundo a lenda padeceu de todos os sofrimentos aquando do seu martírio em nome da fé cristã, tornou-se, assim, o santo protetor de todo o condado da Feira. No cumprimento do voto, os ofertantes incorporavam-se numa procissão que saía do Paço dos Condes (Castelo) e seguia pela Igreja do Convento do Espírito Santo (Loios), onde eram benzidas as Fogaças, divididas em fatias, posteriormente repartidas pelo povo. Assim nasceu a Festa das Fogaceiras. Cumprida em cada dia 20 de janeiro, esta promessa constitui uma referência histórica e cultural para as Terras de Santa Maria.
Santa Maria da Feira
Uma lenda local refere que a toponímia derivou de uma antiga dama de origem franca (madamemoiselle) que vivia naquele local. Com o tempo Madamemoiselle passou a Moazellus, que acabou mais tarde por se tornar Mozelos. Pertence ao Bispado do Porto e ao 1º Distrito Eclesiástico da Feira, tendo como Orago S. Martinho cuja atual Igreja Matriz foi construída na 2ª metade do século XIX.
As primeiras referências a Mozelos conhecidas, remontam a um documento de 1009 onde se faz referência a “Moazellus”. Mozelos foi incluído no Foral da Feira (Terra de Santa Maria) concedido por El-Rei D. Manuel I em Lisboa a 10 de Março de 1514.
A Igreja Paroquial de S. Martinho é de provável construção seiscentista, de que subsistem a fachada principal, reconstruída no final do séc. XVIII e séc. XIX. Na quina do lado direito podemos ver um relógio de Sol vertical declinante, em pedra.
Mesmo em frente ao edifício da Biblioteca de Santa Maria da Feira, lado a lado, ergue-se uma escultura em mármore da autoria de Paulo Neves, intitulada “Paixão” e sobre a terra vê-se um interessante relógio de Sol analemático datado de 2001.
O primeiro documento conhecido sobre a povoação de S. João de Ver remonta ao ano de 977, que identifica a povoação de S. João de Ver como ” Villa Valerii ” integrada na Civitas Sancta Maria “, referindo a existência na povoação, de um mosteiro.
A Casa da Torre, também referida como Quinta da Torre localiza-se na freguesia de São João de Ver e foi construída no século XVIII. A casa apresenta um fontanário da autoria de Nicolau Nasoni e também um bonito relógio de Sol horizontal.
Falta o relógio da Quinta da Murtosa em Mosteirô