O ontem, o hoje e o amanhã não são mais do que mitos que pretendem aprisionar o Tempo.
Emília Pires

Ílhavo

Quem tem o privilégio de poder passar pela Praia da Barra, para além de poder observar o belíssimo Farol, considerado o maior de Portugal e o segundo maior da Europa, tem a possibilidade de admirar também o Obelisco da Praceta Carlos Roeder, também conhecida como o Largo do Obelisco. Este monumento comemorativo foi ali erigido para assinalar a concretização das obras de melhoramento do porto, nomeadamente as instalações do porto de pesca, a lota e as primeiras grandes instalações industrias do porto, as da Sacor.

Obelisco é um monumento arquitetónico comemorativo típico e criado durante o antigo Egito. Os antigos egípcios utilizavam os obeliscos como marcos de homenagem e adoração a Rá, deus do Sol na mitologia egípcia. O monumento também era sinónimo de proteção e defesa no Antigo Egito. O povo egípcio acreditava que os obeliscos ajudavam a dissipar as energias negativas que se formavam sob as cidades, seja em forma de tempestades ou demais eventos catastróficos de origem da natureza. Etimologicamente, a palavra obelisco vem do grego obeliskos, que significa “pilar” ou “espeto”. Os obeliscos têm forma quadrangular e ligeiramente afunilada na parte mais alta, formando uma pequena pirâmide na ponta. Os primeiros monumentos desta forma foram construídos utilizando apenas uma única pedra (monólitos), que por sua vez era esculpida até o formato de um obelisco. No Egito ainda existia a necessidade de preencher as laterais dos obeliscos com inscrições hieroglíficas.

Fundada em 1824, a Fábrica de Porcelana da Vista Alegre foi a primeira unidade industrial dedicada à produção da porcelana em Portugal. Para a fundação e sucesso deste arriscado empreendimento industrial foi determinante o espírito de persistência do seu fundador, José Ferreira Pinto Basto. Figura de destaque na sociedade portuguesa do século XIX, proprietário agrícola, comerciante audaz, incorporou sabiamente o ideário liberal do século, tendo-se tornado “o primeiro exemplo de livre iniciativa” em Portugal.

Começou por adquirir, em 1812, a Quinta da Ermida, perto da Vila de Ílhavo e à beira da Ria de Aveiro. Em 1816 comprou, em hasta pública, a Capela da Vista Alegre e terrenos envolventes, tendo aí instalado a Fábrica da Vista Alegre.

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