O território onde se encontra a vila de Belas apresenta características que determinaram, sem dúvida, o seu povoamento, a sua organização e desenvolvimento. Situada entre serras, algumas de pequeno relevo outras mais acidentadas, como a serra da Carregueira, entrecortada de vales fertilizados pelas abundantes linhas de água, Belas remonta aos primórdios da Nacionalidade onde se conhecessem os limites da paróquia e vila de Belas já no século XII. Os registos arqueológicos encontrados permitem determinar a existência da presença humana desde o Paleolítico Médio (40 000 a 30 000 a.C.), daí passando pelo Neolítico, Calcolítico, o Megalítico (podemos encontrar alguns complexos megalíticos, como por exemplo o complexo megalítico do Monte Abraão – vertente marcadamente funerária), mas sempre denunciando uma densidade populacional muito baixa. Só no período de Romanização encontramos vestígios de uma densidade populacional significativa e com alguma organização. Desta época salienta-se os vestígios da barragem romana, situada na estrada que liga Belas a Caneças. Da presença árabe ficaram também alguns vestígios, principalmente a toponímia local (exemplos: Massamá, Queluz, Meleças).

A Quinta do Molha-Pão perto da aldeia da Tala, Sintra, destaca-se pelo seu rico património arquitetónico, inserido numa área murada e 37 hectares, estende-se por uma paisagem de grande beleza, numa zona pouco declivosa isolada por um muro. Segundo Anne Stoop o seu nome pitoresco deve-se a uma sopa popular oferecida em tempos todas as semanas aos pobres (Stoop, 1999). A área atual é um terço dos 90ha originais onde um belo solar, amplos jardins, campos agrícolas, pomares e pinhal produzem produtos hortícolas que hoje ainda alimentam os mercados de Lisboa.
Numa torre existente do lado direito da casa principal fomos encontrar um relógio de Sol vertical meridional, em pedra da região, com numeração romana e gnómon, datado de 1720. Os nossos agradecimentos ao proprietário por nos ter facultado a entrada para fotografar.

O mais antigo registo referente à Paróquia de Belas data de 1220, indicando já os seus limites geográficos e designando a Igreja Matriz como Igreja de Santa Maria de Belas, sua primeira invocação. O Senhorio de Belas, do qual fazia parte a Igreja Matriz, pertenceu a D. Diogo Pacheco, nobre que participou no Conselho de Estado que condenou Inês de Castro. Por esse motivo estas terras vieram mais tarde a pertencer a D. Pedro que retirou os bens aos conselheiros responsáveis pela morte de D. Inês.

O colégio Vasco da Gama, é um espaço aprazível, constituído por vários edifícios onde alunos desde os 3 anos iniciam o seu percurso académico. É constituída por vários ciclos (pré-escolar ao ensino secundário) tem cerca de 900 alunos e 100 professores.
Aqui encontrámos este curioso relógio de Sol horizontal em cimento, com o gnómon em metal, numeração romana e data datado de 1992.

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