Salir de Matos
Salir de Matos, ou Salir dos Matos, como também por vezes aparece, é uma povoação muito antiga, cujos vestígios arqueológicos nela encontrados, comprovam um povoamento romano na região. Segundo crónicas antigas, a povoação deve o seu nome à imensa mata de sobreiros que se estendia pela margem norte do rio de Salir, até ao porto de Alfeizerão, cerrada e densa como a noite, salvo numa clareira em que se cruzavam três caminhos, onde o viajante suspirava de alívio por sair do mato. Por essa razão se chamou Salir do Mato, que foi uma das treze vilas dos Coutos de Alcobaça, terra inóspita, quase despovoada quando recebeu a primeira carta de povoação, outorgada por Frei Martinho III, Abade de Alcobaça, no início do longínquo século XIII, confirmado em foral do Rei Venturoso, D. Manuel I em 1 de Outubro de 1514, que lhe chamou “Sellir do Mato”, e onde se rezava assim: «… no dito lugar por ser despovoado não se levam ora outros mais direitos (…) mas ficará em liberdade do mosteiro poder levar nele outros tantos e tais direitos (…) quando se povoar…».
Na Freguesia de Salir de Matos, na Rua da Quinta que nos leva à Capela de Nossa Senhora da Piedade, completamente em ruinas, fomos encontrar este relógio de Sol vertical meridional, com numeração romana e gnómon em ferro, datado de 1800 e marcando perfeitamente as horas.
Também na Freguesia de Salir de Matos, não muito longe do local indicado acima, existe, na Rua da Escola do Casal da Areia, uma Capela em honra de Nossa Senhora da Conceição onde se encontra um relógio de Sol vertical meridional, com numeração romana, com gnómon em ferro e que não está datado.