O Tempo ensina-nos que o que não é bom para os outros também não é bom para nós.
Emília Pires

Amadora - Quinta do Outeiro - Quinta de Nossa Senhora dos Prazeres

Levados pelas indicações do livro “Relógios de Sol”, pág. 114, fomos procurar e encontrámos a Quinta do Outeiro na Buraca, totalmente abandonada e degradada. Pessoas da zona disseram-nos conhecer bem a dita propriedade porque trabalharam nela e sabiam da existência do relógio que terá sido retirado pelos donos. Deixamos aqui as fotos que fizemos ao exterior da Quinta e um artigo interessante que encontrámos no site da Câmara Municipal da Amadora. Mais um relógio que sabemos existir e que seria de grande interesse poder ser mostrado ao público, porém não sabemos onde se encontra. 

“Esta quinta situada na Freguesia das Águas Livres, é também conhecida por Quinta de Nossa Senhora dos Prazeres.

O imóvel distingue-se pelo seu valor arquitetónico e pela decoração interior, com destaque para um conjunto fabuloso de azulejos com cenas campestres que datam dos anos 1760-1770, bem como a capela e todo o edifício primitivo datados de 1720. A capela, dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres era o local onde anualmente se festejava (na segunda-feira depois de domingo de Páscoa) o orago, como missa cantada e sermão seguidos de um grande arraial.

Quanto à ermida foi toda remodelada, por ocasião das obras de ampliação da casa, e redecorada ao gosto da época no espírito de transição entre o barroco e o novo estilo neoclássico. O altar é trabalhado em talha dourada e sobre ele, ao lado de colunas caneladas, veem-se os anjos de estilo quase rocócó. No teto em estuque pode ver-se a representação da Assunção de Nossa Senhora.

De acordo com o Padre Álvaro Proença, em 1764, a quinta era designada “Quinta do Capitão do Outeiro” e esteve sempre a cargo de caseiros. Em 1765, o capelão da ermida é o Padre Manuel Fernandes Trigo que por sua vez também administrava a casa e os criados. Cerca de 1769, o caseiro é um italiano, Hierónimo André. Nos anos seguintes, são os capelães que administram a casa, depreendendo-se que os donos só iriam à Quinta em temporadas de verão, como era tradição do Século XIX. Em 1811, a Quinta pertencia a Francisco José Maria de Brito. Anos mais tarde, é adquirida por um antepassado da Família Canas da Silva, da qual os atuais donos descendem.

Devido à construção da Radial da Buraca, do conjunto original que a compunha, resta apenas a casa solarenga, a capela e alguns edifícios”.

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