A fertilidade das terras, a abundância das águas e a pureza dos ares do campo deram corpo a esta região saloia que, desde D. Afonso Henriques até ao reinado de D. Maria II, se englobou no termo da cidade de Lisboa.
Por todas estas razões, muitos monarcas e nobres construíram as suas quintas e palacetes nestas terras, que elegeram como locais de lazer, de descanso e de fuga a doenças e pestes.
A evolução da cidade de Lisboa e do seu termo, bem como a crescente importância económica do território, permitiram que, no dia 26 de julho de 1886, Loures fosse, por decreto real, elevado a concelho, integrando as freguesias dos entretanto extintos concelhos dos Olivais e Belém. No entanto, só a partir de 2 de janeiro de 1887, com a eleição do seu primeiro presidente, Anselmo Braamcamp Freire, o concelho entra em plena atividade.
As contradições da monarquia constitucional faziam-se sentir, a sua ideologia deixava de ter qualquer força e o republicanismo começava a ganhar lugar e peso.
Para os republicanos do concelho, implantar a República significava desbloquear o desenvolvimento da região, e por isso, a 4 de outubro de 1910, um grupo de homens nomeados para constituir a Junta Revolucionária saem do Centro Republicano de Loures e ocupam os Paços do Concelho, onde é hasteada uma bandeira com as cores republicanas e declarada a implantação da República, pela voz de Augusto Herculano Moreira Feio.
Loures entra assim na história nacional com a República a ser implantada um dia antes dos restantes municípios portugueses.
Ponte de Lousa, Fanhões, Póvoa de Santo Adrião e Frielas
São 4 as freguesias de Loures onde fomos encontrar relógios verticais todos com gnómon. Ponte de Lousa numa fachada junto aos antigos lavadouros, datado de 1826. Fanhões na Igreja Matriz, datado de 1575. Póvoa de Santo Adrião na Igreja Matriz, datado de 1742. Frielas, no cunhal da Igreja Matriz, 2 relógios de Sol um de cada lado.