Com a passagem do Tempo, quando os anos começam a fazer-se sentir, damo-nos conta que, muitas das nossas vitórias são agora derrotas.
Emília Pires

Estarreja

A FUNDAÇÃO SOLHEIRO MADUREIRA é um legado de gratidão do Dr. António Madureira aos Concelhos de Estarreja e da Murtosa, que administram, em conjunto, a instituição. A Casa-Museu Marieta Solheiro Madureira situa-se na rua Prof. Egas Moniz, em Estarreja, e funciona num edifício concebido no final da década de 40 do século XX para residência do casal Madureira que, após a morte de D. Marieta, o Dr. António Madureira adaptou o edifício a casa-museu, transformando-o num “hino ao amor”.

Esta Casa reúne um vasto conjunto de obras de arte, “(…) foram adquiridos ao correr da moda das últimas décadas de deitar fora tudo o que fosse velho e dos finais das guerras de Espanha e da 2.ª Mundial, o que proporcionou, aos amantes de artes e do bom gosto, raras oportunidades de adquirirem, nas melhores condições, muitas obras dignas de serem contempladas, isto é, dignas de serem defendidas e acarinhadas (…)”.

Veiros

Veiros, umas das 7 Freguesias do Concelho de Estarreja tem origens na época romana, cerca do século X. Desde tempos ancestrais que Veiros está ligado à Ria, advindo desta estreita ligação as diversas teorias acerca da sua origem. Uma das origens do topónimo de Veiros parece ser de origem Romana: – Valeriusà – Valeirosà – Vaeeiros – e por fim Veiros. Esta proveniência está relacionada com a proximidade que este antigo povoado tem com a ria e com os esteiros, onde se conta que chegavam peles preciosas que vinham para Portugal da Hungria e da Eslováquia.
No início do Séc. XVII, os moradores de Veiros, lugar da freguesia de Beduído / Estarreja, requereram ao bispo do Porto a sua elevação a paróquia; a 13 de Dezembro de 1603 foi escolhida uma comissão para tratar de todos os assuntos referentes à criação da nova paróquia e construção da respectiva igreja matriz. 

A Igreja de S. Bartolomeu de Veiros foi edificada nos anos que decorreram entre 1608 e 1612, reinando D. Filipe III de Castela, II de Portugal e sendo bispo do Porto D. Frei Gonçalo de Morais. Na ala Sul da Igreja, ao lado de umas dependências novas e por cima de um pequeno alpendre fomos encontrar um relógio de Sol vertical meridional em pedra, com numeração árabe e gnómon de ferro, sem data. 

Avanca

A “CASA DO MARINHEIRO” agora transformada em CASA MUSEU EGAS MONIZ, conserva um ambiente de extremado gosto, despertando em rediviva evocação a individualidade relevante que nela passava grandes temporadas e onde em cada pormenor deixou expressos os seus gostos e as suas predilecções.
Nessa casa haviam nascido os seus antepassados e nela nasceu o Professor Egas Moniz, Prémio Nobel da Medicina em 1949 pelos seus excelsos trabalhos sobre a Angiografia e Leucotomia Pré – Frontal.
Para a salvar da ruína mandou-a reconstruir em 1915 segundo um projecto do Arquitecto Ernesto Korrodi, sob a direcção do padre António Maria Pinho, tendo sido encarregue da decoração Álvaro Miranda da Granja.

A fotografia deste díptico de marfim composto por relógio horizontal e bússola, modelo fabricado, provavelmente, na oficina J.B. Haas século XVIII, foi-nos cedida pela Casa Museu Egas Moniz – Avanca – Estarreja a quem agradecemos reconhecidamente a colaboração.

This website uses cookies to improve your experience. Cookie Policy