Sousel

O topónimo, originalmente Souselo ou Sousello, terá sido transformado ao longo dos tempos. O célebre José Leite de Vasconcellos, afirma que “Souzel deriva de Souzello”, escrevendo com “z”, norma utilizada à época, ressalvando que a escrita com “s” seria mais adequada (Vasconcellos, 1884). O Prof. João Richau considera que o topónimo deriva, muito provavelmente, do termo latino saxum, o qual, com o passar dos tempos, originou Souso e, mais tarde, aplicou-se-lhe o diminutivo ello, originando Sousello. A influência moçárabe teria, mais tarde, originado SOUSEL, mantendo-se a sua grafia desta forma, pelo menos desde 1258 (muito embora durante alguns anos se tenha optado pela grafia com z – “Souzel”). Saxum, termo latino, quer dizer rocha ou penedo, o que indica que Sousel deve o seu nome a alguma formação geológica mais proeminente, mas não demasiado grande, pois levou ao diminutivo – Souselo.

Igreja Matriz de Casa Branca, consagrada a Nossa Senhora da Graça, é um edifício do Séc. XVIII. Foi um priorado da Ordem de Avis. Situada no centro da povoação, é um edifício de grandes proporções. A frontaria, alta, é decorada com pilastras e cunhais de granito aparelhado. A porta tem um frontão interrompido e janelão ao centro. Por cima da cimalha, encontra-se um espaldar recortado com óculo. Cada uma das torres que compõem o conjunto tem três frestas cada uma e quatro olhais com arcos redondos.    As cúpulas, por seu lado, são muito achatadas e com quatro pináculos cada uma. O interior é uma só nave com abóbada de berço e tem três janelões de cada lado. Tem dois altares laterais e dois colaterais, são em talha pintada e dourada, setecentista, época de D. João V. A capela-mor tem dois janelões e quatro portas, sendo duas falsas. O altar-mor é de mármore com colunas cinzentas. Do sec. XVIII, é o silhar de azulejos que se encontra junto ao baptistério, de moldura policroma, representa paisagens e assuntos profanos.

No lado virado a Sul, um relógio de Sol em mármore, vertical, meridional, com numeração árabe e gnómon em ferro. Não tem data.

O terreno onde assenta a Igreja de S. Miguel, mais conhecida por Igrejinha pela População, foi uma doação de dois habitantes desta Aldeia, Gaspar Rijo e sua esposa Luísa Dias. Esta Igreja é uma construção do séc. XVII, de pequenas dimensões, apresentando no seu exterior um frontão recortado e um pequeno óculo para iluminação natural do templo. Apresenta na parte inferior do frontão e por cima da porta que dá acesso ao templo, um relevo com a imagem de S. Miguel Arcanjo. No interior é uma só nave, sendo o altar mor em talha dourada. Á direita encontra-se o altar de S. João Baptista, conforme o pedido dos doadores do terreno, e à esquerda está a imagem de nsa Senhora do Carmo. No corpo da Igreja, do lado direito, está um pequeno altar com a imagem de S. Miguel Arcanjo. A lápide sepulcral do fundador da Igreja—Frei Manuel Antunes, encontra-se no altar-mor. 

No telhado da casa anexa à Igreja, por cima da porta encontra-se um relógio de Sol vertical meridional com numeração árabe e gnómon em ferro, sem data.

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