Labruja
Labruja é povoação muito antiga, e se não existia já no tempo dos Romanos, existia com toda a certeza no tempo dos Godos. A tradição faz remontar os seus primórdios ao século IX, afirmando ter tido origem num mosteiro beneditino, fundado por D. Hermóigio, bispo de Tui. O mosteiro veio a ser extinto em 1460. A freguesia ostenta considerável riqueza patrimonial, impondo-se, todavia, dois destaques: A Ponte do Arquinho e o Santuário do Senhor do Socorro.
O Santuário do Senhor do Socorro, foco de uma afamada romaria, possui um conjunto arquitectónico que exprime o gosto cenográfico que no século XVIII caracterizou tal género de edificações. A data de 1773 inscrita na portada oferece-nos um elemento cronológico a ter em conta, relativo à época principal da construção do templo. Mas as obras continuaram, sem dúvida, por bastantes anos mais sobretudo no exterior do santuário.
No lado direito da frontaria do Templo, virado a Sul, podemos ver um magnífico relógio de Sol declinante duplo, em granito, com numeração romana e sem gnómon. Não está datado.
Vinhó tem uma população de cerca de 578 habitantes e a sua padroeira é Nossa Senhora da Assunção. Comemoram-se ainda a senhora da Agonia, o São Pedro e a Tia Batista, no dia 18 de Maio. Teve foral de D. Afonso III, em 1256. Em 1537, foi fundado em Vinhó um Convento de religiosas franciscanas de que restam hoje uma parte transformada em casa paroquial e um portal que dá acesso à entrada lateral da igreja Matriz. Para além deste templo, o património arquitetónico conta com as capelas de São João Baptista e de São Pedro, o Museu Paroquial, a fonte de Santa Clara, a capela do Imaculado Coração de Maria e diversas residências particulares.
Por aqui passam os Caminhos de Santiago, como vemos pela foto. Os dois relógios mostrados ficam nesta rua e sabemos existir mais um outro que estava a ser reparado e por isso não conseguimos fotografá-lo.
Ambos os relógios são verticais, em granito, não se consegue perceber a numeração, não estão datados e não têm gnómon.