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Os nossos Tempos: O Tempo que passou e o que vai nascer, o Tempo de amar e o de morrer.
Emília Pires

Vila Nova de Cerveira

O concelho de Vila Nova de Cerveira surge em plena Idade Média, no entanto os vestígios histórico-arqueológicos e patrimoniais remetem-nos para tempos mais ancestrais.

É hoje certo que a ocupação das margens do rio Minho tem início na Pré-História, sendo já vários os vestígios detetados no concelho, passando por seixos talhados e gravuras rupestres. Contudo, uma das principais descobertas foi o tesouro da sepultura da Quinta de Água Branca, pertencente à Idade do Bronze e cujo espólio está integrado nos tesouros do Museu Nacional de Arqueologia.

Vila Nova de Cerveira

Da nossa visita ao interessante Solar da Loureira trouxemos 3 relógios de Sol também muito interessantes: Logo na entrada um exemplar em pedra, vertical meridional, com gnómon em ferro e numeração árabe, não está datado. É encimado por um catavento com os pontos cardeais.

Solar da Loureira

A quinta ou Solar da Loureira revela várias fases de construção e várias gerações de ocupação, através dos seus tempos e épocas, na sua lenta e profícua edificação. Desde o século XVI até ao século XIX, sofre várias metamorfoses, que se desenvolvem, inicialmente, a partir das ameias de uma estrutura militar, (com o seu improvisado castelo de defesa), até à consagrada transformação de uma casa nobre, barroca e palaciana.
É, sobretudo, no início do século XIX, que se consolida a “beleza esteticamente barroca” deste solar com o seu imponente portão e o seu brasão de armas. A casa do Seixo, ou, atual quinta do Mirante, foi, certamente, a antecâmara da construção deste belo edifício, que exibe na sua face exterior uma capela, em honra de Santa Maria Madalena. “Brasão de armas, portão e capela” juntam-se a um belo fontenário, cuja origem remete para o claustro do Convento de Sampaio, em Loivo, Vila Nova de Cerveira. Sobretudo, três gerações enobrecem os pergaminhos das famílias desta casa, solar ou quinta: os primeiros através no ingresso na carreira militar e civil, os segundos pelo acesso à filiação na classe da nobreza, e, os terceiros pelo trabalho e empenho na indústria e burguesia.

Um imponente relógio de Sol declinante duplo, que já teve os seus dias, agora coberto de fungos não deixando ver quaisquer marcações.

Um soldado em pedra, com uma arma e um escudo, sendo este escudo um relógio de Sol declinante duplo também, 

bastante coberto de fungos, sem gnómon, não se conseguindo ver as marcações e sem data.

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