A quinta ou Solar da Loureira revela várias fases de construção e várias gerações de ocupação, através dos seus tempos e épocas, na sua lenta e profícua edificação. Desde o século XVI até ao século XIX, sofre várias metamorfoses, que se desenvolvem, inicialmente, a partir das ameias de uma estrutura militar, (com o seu improvisado castelo de defesa), até à consagrada transformação de uma casa nobre, barroca e palaciana.
É, sobretudo, no início do século XIX, que se consolida a “beleza esteticamente barroca” deste solar com o seu imponente portão e o seu brasão de armas. A casa do Seixo, ou, atual quinta do Mirante, foi, certamente, a antecâmara da construção deste belo edifício, que exibe na sua face exterior uma capela, em honra de Santa Maria Madalena. “Brasão de armas, portão e capela” juntam-se a um belo fontenário, cuja origem remete para o claustro do Convento de Sampaio, em Loivo, Vila Nova de Cerveira. Sobretudo, três gerações enobrecem os pergaminhos das famílias desta casa, solar ou quinta: os primeiros através no ingresso na carreira militar e civil, os segundos pelo acesso à filiação na classe da nobreza, e, os terceiros pelo trabalho e empenho na indústria e burguesia.
Um imponente relógio de Sol declinante duplo, que já teve os seus dias, agora coberto de fungos não deixando ver quaisquer marcações.