Góis
Góis, ou Goes, conforme a grafia antiga, foi reconquistada e conheceu uma primeira doação em 1064 ou em 1093. A 1 de Agosto de 1114, é novamente doada, desta vez por D. Teresa, mãe de Afonso Henriques, a Analo Vestarisi e a sua mulher Hermezinda que, segundo a tradição, mandaram povoar Góis. Em 1516, D. Manuel outorga o foral para a Vila de Góis, concedendo os privilégios que lhe são relativos à família dos Silveiras, futuros condes de Sortelha. Um dos seus representantes, D. Luís da Silveira, poeta e embaixador de D. João III na corte de Carlos V, continua a ser hoje uma das figuras históricas mais importantes da vila.
A Igreja Matriz de Vila Nova do Ceira, na Várzea Grande, é, para a generalidade dos varzeenses, o principal ícone da sua freguesia, a menina dos seus olhos. E têm razões de sobra para isso. Para além da espiritualidade que naturalmente emana, como centro principal religioso que é, de um povo católico praticante, arreigado a tradições, a sua traça (que a torna uma das mais graciosas igrejas do concelho), o seu adro (amplo e aprazível local da vida social e cultural, de animadas festas de convívio e de tertúlia dos muitos ilustres varzeenses que prestigiaram o concelho) e a sua situação geográfica (no centro do movimento social e comercial), fazem desta igreja um pólo de atracção, para quem a habita ou para quem a visita. Mas também ela traduz o forte espírito comunitário dos seus paroquianos.
Mesmo junto à Igreja encontrámos um relógio de Sol, numa casa particular. É um relógio de pedra, vertical meridional, com o gnómon em metal e numeração romana. Não está datado.