Penacova
As origens de Penacova perdem-se no tempo, no entanto a raiz pré-romana do seu topónimo – Pen, aponta para a época da cultura castreja. Por outro lado, a lápide encontrada na sacristia da Igreja Matriz, datada do século I, testemunha a implantação da romanização e a ascendência céltica dos seus habitantes.
Acerca da antiguidade desta “Vila”, na “Memória Histórica Corográfica do Distrito de Coimbra”, lê-se o seguinte: “Eis ahi uma das povoações mais antigas de Portugal, senão que da península; dil-o o seu proprio nome, derivado do «Pen» cantabrico, que soa como «rapes» ou «mons praeruptus» no latim; «pena» no hespanhol e no portuguez como «penha» ou «monte escarpado»; pois que n´estes taes edificavam os primeiros habitadores de Hespanha suas povoações acasatelladas. A três grandes léguas ao NE de Coimbra; sobre uma montanha, cujos pés lava o Mondego, está situada esta nobre, se bem decrépita villa, patenteando nas ruínas de seus edifícios, que a sua edade áurea já a encobrem os séculos, que volveram.
O título de «vila» é nélla muito antigo. Afirma-se que teve castello, e até ainda se pretendem descriminar os seus fregmentos no escarpado monte, que lhe fica ao sul (onde hoje vemos a Igreja), que se precepita por forma sobre o rio Mondego, que quai parece impossível o pecorrer-se o seu declive; e não obstante isso acha-se povoado de formosas oliveiras.”

Igreja renascentista, datada da segunda metade do século XVI, é um dos ex-líbris do concelho, com grande relevância histórico-cultural pela sua ligação às festas de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da vila. O retábulo da capela-mor, em talha do século XVII ao estilo nacional, é de grande qualidade, integrando uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Na sacristia encontra-se guardada uma lápide romana do século I, que atesta o povoamento da vila na época. Em tempos, este monumento pertenceu ao padroado do Mosteiro de Santa Clara de Coimbra. (Imóvel de Interesse Público)

Relógio de Sol vertical meridional em pedra, a meio da torre da Igreja. O relógio não está datado, será da segunda metade do século XVI como a Igreja? A sua numeração é árabe e o gnómon em ferro.

Situado na Vila de Lorvão, no concelho de Penacova, na região centro de Portugal, o Mosteiro de Lorvão é um dos mosteiros mais antigos da Europa, e segundo algumas teorias a sua fundação remonta ao século VI. Outros dizem que a sua fundação ocorreu provavelmente depois da reconquista cristã no ano de 878.
Na verdade, os primeiros documentos conhecidos relativos ao Mosteiro de Lorvão datam de 878 e são testemunho de uma importante comunidade que desempenhou um importante papel no repovoamento da região.
Originalmente um mosteiro masculino, foi um importante mosteiro e centro de produção de manuscritos iluminados no século XII, servindo depois como mosteiro feminino. Depois da extinção das Ordens Religiosas em Portugal no século XIX, viu novo uso já no século XX como hospital psiquiátrico, o Hospital Psiquiátrico do Lorvão, encerrado em 2012.

O Claustro do Silêncio foi remodelado com estilo Renascentista, já nos finais do século XVI, mas foi só na segunda metade do século XVII, mais precisamente em 1677, que lhe foram acrescentadas as varandas, que lhe conferem hoje o seu actual aspecto acolhedor e harmonioso, de pendor Barroco.

Virado para o Claustro do Silêncio com exposição a Sul, um relógio de Sol vertical meridional, com numeração romana e gnómon em ferro. Não está datado.

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