Museu Nacional de Arqueologia

O atual Museu Nacional de Arqueologia (MNA) foi fundado em 1893 pelo Doutor José Leite de Vasconcelos (e daí a designação oficial mais completa do Museu, conforme publicação em “Diário da República”: Museu Nacional de Arqueologia do Doutor Leite de Vasconcelos). O acervo do Museu reúne as coleções iniciais do Fundador e de Estácio da Veiga. A estas somaram-se numerosas outras, umas por integração a partir de outros departamentos do Estado (por exemplo: coleções de arqueologia da antiga Casa Real Portuguesa, incorporadas no Museu após a implantação da República; coleções de arqueologia do antigo Museu de Belas Artes, incorporadas quando se criou o atual Museu Nacional de Arte Antiga; etc.), outras por doação ou legado de colecionadores e grandes amigos do Museu.

Esta belíssima peça que é propriedade do Museu Nacional da Arqueologia, encontra-se exposta no MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, integrada na Exposição Energias – Perpétuo Movimento (Maio2024). É um relógio de Sol em pedra de Lioz, com quatro faces e encimado por um relógio esférico, datado de 1755. De momento desconhece-se o autor, mas estão a ser feitos estudos no sentido de se saber exactamente onde foi feita a peça e por quem. Sabe-se que estava na Real Casa Pia, nos Jerónimos, de onde foi para o Museu de Arqueologia no primeiro quartel do século XX.

Relógio de Sol esférico

Esta riquíssima gravação que se encontra na face virada a Oeste pressupõe serem os desvios da equação do tempo. Veem-se no aro exterior todos os dias do ano a espaçamentos de 10  e no aro interior podemos ler claramente à esquerda “celerius” e à direita “tardius”.

Na face virada a Sul, que mostra o relógio de Sol vertical meridional, podemos ver uma gravação em latim:
Horologium Astronomicum – A Solis ortu usque adoc/casum laudabile nomen Domini. Psalm.
Anno MDCCLXXV”
Relógio Astronómico – Desde o nascer do sol em todos os lugares cantarei o louvável nome do Senhor. Salmos.
Ano de 1775.

                    Díptico em marfim da autoria de Iohann Gebhart, datado de 1556

Proprietário: Museu Nacional de Arqueologia
Número de Inventário :25593.01 TC
Tipo de Espécime: Transparência a cores (TC)
Número de Inventário: Etno 2022.4.83
Categoria: Equipamento e utensílios
Denominação / Título: Meridiana
Datação: 1556 dC
Dimensões: A. 9 x L. 5,5 x 0,45 cm
Autoria: Iohann Gebhart – Nuremberga
Inf. Técnica: Marfim / Gravação
Fotógrafo: José Pessoa, 2003
Copyright: © DGPC

As fotos acima foram-nos amavelmente cedidas pela DGPC – Direcção Geral do Património Cultural, a quem agradecemos reconhecidamente a colaboração.

Posteriormente tivemos oportunidade de fotografar a mesma peça que se encontra exposta no MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, integrada na Exposição Energias – Perpétuo Movimento. É a peça mais antiga que temos, de momento, no site. Datada de 1556, sendo o seu autor Iohann Gebhart de Nuremberga, a parte da peça que está em exposição é a folha vertical de um díptico em marfim. A outra face que é mostrada nas fotos acima é a oposta a esta. Haveria originalmente uma face horizontal com uma agulha magnética, mas só chegou ao museu esta parte do díptico.
Um relógio de Sol díptico tinha numa folha um relógio de sol vertical e na outra, um horizontal. A parte que fazia a sombra, chamada de gnómon, era um cordão entre elas, calibrado para permitir uma certa abertura, uma vez que ângulo entre as folhas era crítico. Este tipo de relógio de Sol podia ser ajustado para qualquer latitude ajustando o artefacto todo para que o gnómon ficasse paralelo ao eixo de rotação da Terra.

Relógio de Sol horizontal, portátil, em marfim, sem gnómon, datado de 1607. A legenda diz que será proveniente do Alentejo. Desconhecemos o autor.
Esta peça encontra-se exposta no MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, integrada na Exposição Energias – Perpétuo Movimento Maio 2024.

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