Santarém

A velha Torre do Relógio é um dos elementos arquitectónicos mais conhecido e emblemático de Santarém, tendo sido, em tempos, a Torre do Relógio do Senado da Câmara.
A Torre das Cabaças, ou Cabaceiro, como o vulgo a denomina, é na realidade uma Torre Relógio, de que se conhece a introdução em Portugal desde os primórdios do século XV. A designação popular fixou-se nos finais do século XVIII, derivada das sete ou oito cabaças de barro colocadas na estrutura de ferro que suporta o enorme sino de bronze datado do 1604. A Torre Relógio de Santarém, construída em meados do século XV, ergueu-se sobre uma estrutura pré-existente: uma torre do recinto muralhado da Vila medieval ligada à Porta de Alpram ou Alporão.
A sua forma prismática, de um paralelepípedo, com uma base de 9,76 por 7,20m e altura de 26m (31,40m com a estrutura de suporte do sino) foi crescendo por sucessivos acrescentos ao longo do tempo, sempre através do mesmo processo construtivo, de aparelho de alvenaria de pedra calcária irregular e revestida a argamassa de cal e areia.

O seu volume áspero e monolítico eleva-se praticamente isento de fenestração até próximo do cimo. Aí, apresenta oito grandes ventanas, duas em cada face, com as vergas em semi-arco, deixando antever uma pequena parte da calote esférica que cobre o seu último piso, suportando, por sua vez, a estrutura de ferro forjado, de forma trapezoidal, que sustenta o enorme sino de bronze e oito peças cerâmicas em forma de cabaças, cuja função é provocar a ressonância do som do sino ao bater as horas.

Relógio de Sol horizontal desenhado na calçada junto à Torre das Cabaças.

 

Na primeira sala, à qual chegamos após subir a escadaria de caracol apertado (a única que foi mantida após as obras de restauro), encontramos alguns objectos evocativos da era pré-mecânica da medição do tempo, quando, lê-se Voltaire na parede alva, o sol era “o grande relógio do mundo”. Não faltam, por isso, vários relógios de sol, incluindo o que antigamente sombreava as horas em frente aos velhos Paços do Concelho de Santarém.

Ainda não nos foi possível visitar este museu por se encontrar encerrado. Se a entidade responsável nos quiser conceder o privilégio de o visitar, será um grande acréscimo para a colecção de relógios de Sol deste trabalho.

A Casa do Brasil em Santarém foi  construída a partir de estruturas habitacionais pertencentes à família de Pedro Álvares Cabral. No final do século XX o Município de Santarém adquiriu o imóvel tornando-o num espaço-memória da relação de Santarém com os Descobrimentos e particularmente, com o Brasil, constituindo-se desde então como um importante polo de difusão cultural da cidade.

No pátio traseiro da casa do Brasil em Santarém, fomos encontrar um relógio de Sol em pedra, com numeração romana e gnómon em ferro. Não está datado.

Casa Madre Luiza Andaluz

Na Casa Madre Luiza Andaluz fotografamos um bonito relógio de Sol horizontal, em pedra, com numeração romana e gnómon em bronze, datado de 1864, pertencente à família dos Viscondes de Andaluz. Agradecemos reconhecidamente às irmãs terem-nos aberto a sua porta e permitido fotografar esta peça.

Abitueiras

Pertencente ao concelho de Santarém, a povoação ribatejana de Abitureiras possui uma interessante Igreja Matriz, consagrada a N. Sra. da Conceição. A sua fundação poderá remontar ao século XIV, mas dessa época nada subsiste. Recebendo obras no período manuelino, a Matriz de Abitureiras sofreria diversas remodelações no século XVIII que descaracterizaram parte da sua frontaria e do seu interior. Relógio de Sol vertical meridional em pedra, com numeração romana, sem gnómon e sem data.

Abrã

Na freguesia de Abrã, na aldeia do Cortiçal, existe um relógio de Sol gravado na parede da primeira casa que foi construída nesta aldeia.

Achete

Relógio de Sol vertical meridional, com numeração árabe, gnómon em ferro e não está datado,  na parede Sul da Torre da Igreja. 

Não se sabe ao certo a origem do nome de ACHETE, alguns etimologistas afirmam derivar da palavra ASXAT, cujo significado corresponde a terra de ovelhas. Outros porém dizem que o nome se relaciona com a palavra românica ACHETA. Também há quem diga que o nome vem de ACHADA, por ter sido encontrada uma imagem de Nossa Senhora. Esta Freguesia foi durante alguns anos Comenda da Ordem de Cristo.
Esta freguesia predominantemente agrícola, cedo atraiu as atenções do reino colhendo de D. Dinis importantes benefícios ligados à cultura dos campos. Vários nobres aqui se estabeleceram possuindo quintas de grande valor, entre as quais as quintas de ALCAIDARIA que pertenceu a D. João Coutinho, VALE FLORES que foi propriedade do Visconde da Ribeira do Paço, CAPARROTA que pertenceu à família Oriol Pena, DONA BELIDA criada em 1395 e que foi propriedade da ORDEM DE CRISTO e quinta de EL- REI que foi residência de Verão de alguns monarcas.
No ano de 1810 todas estas quintas foram destruídas e roubadas pelas tropas francesas no período das invasões.
Património de grande valor é a Igreja Matriz de Santa Maria de Achete, principalmente o seu interior, de uma só nave e com cinco altares. O templo é todo revestido de azulejos dos tipos padrão e tapete com painéis. Estes painéis têm gravado a imagem Custódia, Jesus Salvador, Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora da Conceição. Junto à Igreja existiam sepulturas muito antigas, sendo uma delas assinalada com a Cruz de Malta.

Alcanhões

Alcanhões teve, claramente, a presença dos romanos, dados os vestígios que apresenta. Na parte norte da vila encontram-se ruínas daquilo que foram balneários tipicamente romanos. Foi também ocupada pelos mouros antes da conquista de Santarém, local onde já existia uma povoação.

Em Alcanhões encontra-se um relógio de Sol em pedra, num canto de uma casa particular, com numeração árabe, gnómon em ferro e sem data.

S. Vicente do Paúl

Situada num paúl, a freguesia de S. Vicente do Paúl, uma das maiores em extensão, dista 18 km da sede do Concelho. É banhada pelo rio Alviela, distribuindo-se o seu território por duas zonas distintas: campo e bairro. Nesta freguesia fica situada a estação arqueológica romana dos Chões de Alpompé. Envolvida pelos rios Tejo e Alviela, esta estação arqueológica tem sido abordada como um acampamento militar romano. Na Igreja Paroquial encontrámos um relógio de Sol em pedra, com numeração árabe, sem gnómon e sem data.

This website uses cookies to improve your experience. Cookie Policy