Vilar de Mouros
Povoada desde remotos tempos, aqui se encontraram vestígios pelo menos desde a Época do Bronze. Mas foram os Romanos que lhe conferiram personalidade própria. Depois de terem romanizado o Castro de Vilar de Mouros, donde divergiu o povoamento para as bacias do Minho e do Coura, estabeleceram-se nas zonas baixas desta localidade.
Mas as condições excepcionais do lugar, abrigado e diversificadamente rico, aqui fixaram, a partir do século VIII, um núcleo de Mouros, que constituíram mesmo uma aldeia (“vilar”). Quando, no século IX, Paio Bermudes procedeu à Reconquista da região entre Minho e Lima, conquistou este vilar, incorporou parte dele nos seus bens como terra de inimigos e santificou o lugar com a erecção duma Igreja em honra da mártir hispânica Santa Eulália, juntamente com outras que a documentação menciona e que se supõe possam ter sido as de S. Sebastião e de Nossa Senhora do Crasto, onde me pareceu ter visto um silhar almofadado.
Relógio de Sol vertical declinante duplo, em granito com os gnómon em ferro, no topo do cunhal frontal da construção. Sem data.