Vila Praia de Âncora
A freguesia de Vila Praia de Âncora já aparece mencionada na documentação do séc. X, então com a denominação de Gontinhães. Era uma paróquia com igreja e que estava organizada muito provavelmente segundo a fórmula ancestral de Villa rústica, à qual pertencia o sítio chamado da Lagarteira. Esta paróquia de Santa Marinha de Gontinhães atravessou mais de 1000 anos de história local e de tal forma a denominação se enraizou, que ainda é usual na região, tal como ainda há quem chame de Gontinhães a Vila Praia de Âncora, até porque, na verdade só em 1924, a secular Gontinhães se transmutou em Vila Praia de Âncora.
Relógio de Sol vertical declinante duplo, em granito com os gnómon em ferro, no topo do cunhal frontal da construção. Sem data.
Decorria o século X quando os documentos referenciavam a localidade de Vila Praia de Âncora, na época sob a designação de Gontinhães. Nas listas das igrejas pertencentes ao Bispado de Tuy, elaborada nas Inquirições do Monarca D. Afonso III em 1258, já constava nas respetivas listas a Igreja de Guntianes. No entanto, a data de 1258 pode apenas ser uma informação mas o templo pode ser mais antigo.
A capela de S. Sebastião situa-se entre a margem do rio Minho e a zona urbana de Seixas, no seguimento do cais e com a ciclovia a passar mesmo ao lado, conforme se vê na foto. Sem qualquer dado cronológico ou documental, a existência da Capela de São Sebastião concretiza-se unicamente pela sua edificação no local. Contudo, a sua construção em pedra, com as aberturas limitadas pela porta e um pequeno postigo, poderá situá-la no período da Idade Média em que os rasgos nos templos se resumem mesmo a poucos ou quase nenhuns.
Bonito relógio vertical declinante duplo, em granito, datado de 1825, com gnómon também em pedra.