Estremoz

Quando decidires perguntar, saberás o que o Tempo tem para te dizer.
Emília Pires

D. Afonso II, no ano de 1258, após atribuir foral à povoação de Estremoz, mandou reforçar a defesa e construir a cerca da vila. A torre de menagem foi erguida posteriormente, em 1260. O conjunto da Praça-forte de Estremoz apresenta planta pentagonal orgânica adaptada à conformação do terreno. O castelo medieval ergue-se no topo de uma colina, contendo na sua estrutura elementos de diversos estilos arquitetónicos, nomeadamente gótico, moderno e neoclássico. É circundado por muralha baixa, com ameias, percorrida por um adarve largo e reforçada com quatro cubelos semi-cilíndricos.

Convento de S. Francisco

Dos mais antigos conventos da Ordem Franciscana em Portugal, foi construído no séc. XIII. A Igreja apresenta elementos de elevado valor artístico: Cruzeiro híbrido (manuelino e barroco), no adro; Árvore de Jessé barroca, uma das três existentes no país; Capela de D. Fradique de Portugal, de cariz manuelino e renascentista; Túmulo gótico ( séc. XIV) de Vasco Esteves Gatuz.
No Convento, onde está instalado o Regimento de Cavalaria 3, fomos encontrar este relógio de Sol vertical meridional, com numeração árabe, gnómon em ferro e datado de 1618.

Jardim Municipal de Estremoz

Aqui fomos encontrar este relógio de Sol horizontal em mármore, com numeração romana, gnómon em ferro, sem data.

Ex libris de Estremoz,  o imponente lago, de cerca de 40 metros de comprimento, é abastecido por um canal subterrâneo que atravessa todo o Rossio Marquês de Pombal que vem desembocar numa concha em mármore. A conhecida estátua do “Gadanha”, da mesma altura do lago, é originária do Convento dos Congregados, tendo sido transposta para o centro do lago só em meados do século XIX. É também desta altura que a estátua muda, subitamente, de significado. Representando, primitivamente, o deus Saturno, símbolo da fartura e da abundância, passa a ser conhecido como o é hoje. E é, de facto, como Gadanha que passa a ser conhecido e reconhecido por todos, simbolizando o efémero e fugacidade da vida, como o comprova a inscrição existente no pedestal. 

Castelo

Relógio de Sol em Pedra mármore, com numeração romana e gnómon em ferro, datado de 1982. Hoje protegido por grade para evitar roubo.

Évoramonte

Na Casa do Povo – relógio horizontal em mármore com numeração romana, sem gnómon e sem data.

Igreja de Santo António de Arcos

É desconhecida a data da fundação da Igreja de Santo António dos Arcos, sabendo-se que já existia em 1534. Túlio Espanca acha que terá sido construída em finais do século XV, baseado no contraforte exterior cilíndrico da capela-mor, de características tipicamente manuelinas. Outro elemento relativamente arcaico é o portal principal da entrada, em mármore, que apresenta feição renascentista, de boa execução técnica e artística.

Relógio de Sol vertical em pedra, com numeração árabe e gnómon em ferro.

Heliporto de Estremoz

Não nos foi possível entrar no heliporto porém, sabendo da existência do relógio, fomos por trás e conseguimos avistar a grande pedra de um relógio vertical meridional, sem gnómon.

Igreja de S. Bento de Ana Loura

Onde terá ido parar o relógio de Sol em mármore branco do século XVIII que estava colocado no beiral oriental da Igreja de S. Bento de Ana Loura? Se alguém souber do seu paradeiro, o património nacional agradece.

Igreja de São Bento de Ana Loura

Também de fundação desconhecida, existia aquando das Visitações de 1534, sendo o seu pároco da altura Álvaro Rodrigues. Tal como as suas vizinhas sofreu várias alterações profundas a partir do século XVII, especialmente, e nos dois séculos seguintes.

Todo o seu corpo indica singeleza e simplicidade tipicamente rural, sendo da opinião de Túlio Espanca que a capela-mor mantém a estrutura de inícios do século XVI. Poderá esta também ser originalmente uma cuba, acrescentada posteriormente por necessidade de albergar debaixo de tecto os fiéis. Aliás, a tipologia arquitectónica deste sólido é bem diferente do resto da igreja, nomeadamente na ausência de beirais trilobados ou na estética claramente renascentista das gárgulas, tal como a independência destas em relação ao resto do corpo. A fachada tem empena triangular, sendo o campanário e respectivo frontão apilastrados. A portada é de mármore e de ombreiras direitas, sem qualquer indicador estético. Tem um relógio-de-sol interessante, também de mármore, de finais do século XVIII, no beiral oriental.

O interior confirma o conceito de simplicidade subjacente a praticamente todas as igrejas e ermidas rurais do concelho e do Alentejo em geral, com excepção apenas de alguma exuberância em talha ou decoração parietal.

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